Contratação de Pessoas Maduras: Por onde começar?

Somos mais de 50 milhões de pessoas com mais de 50 anos no Brasil. Este é um número incrivelmente alto, que nos traz reflexões sobre a pobre absorção desta faixa etária por nossas organizações: como é possível que as empresas ainda tenham dúvidas da força do tsuname prateado que vem por aí?

Sim, o preconceito ainda é latente às portas de nossas organizações!. Como isto se explica? A distância da faixa etária de quem recruta? A ignorância do que se passa com nossa pirâmide etária? Velhos paradigmas que associam a idade à estereótipos negativos? A crença de que o peso da remuneração suplanta os benefícios de um mix geracional dentro das empresas? A falta de planejamento estratégico?

O fato é que a mudança que vemos é lenta como uma dança de elefantes: uma ou poucas vagas, operacionais, de pessoas com mais de 50 anos como " piloto". Se der certo, muito bem, excelente Marketing para a empresa; se não der, paciência, foi feita a tentativa. Tentativa, diga-se de passagem, sem maiores esforços para que o sucesso ocorra. Isso quando a empresa não faz o Marketing antes e percebe que não vai dar conta de fazer o que divulgou.

Quando uma empresa se propõe a fazer um programa de trainees, ela estrutura um projeto: por que não pode fazer algo semelhante ao contratar pessoas maduras? A construção de uma nova cultura não se faz de uma hora para outra. Se a empresa não tem a Diversidade em seu DNA, ela não vai se instalar porque alguém acha isso bonito ou importante. Existem especialistas no assunto que podem apoiar, realizar sensibilizações e ajudar a fazer com que a mudança se instale aos poucos, sem traumas.

A contratação de pessoas maduras nas organizações deveria ser uma prática comum, afinal, a idade não deveria ser um requisito a ser considerado dentro de um perfil profissional. Porém, empresas que não têm essa prática deveriam montar um plano de ação para que essa iniciativa se torne praxe no futuro e para que uma contratação mal sucedida não coloque o programa em risco. Contratar é importante, mas não basta.

Artigo Publicado no LinkedIn em 13/06/2019